Texto de Patricia Reis
E aí a pessoa está sempre se
resfriando, vive com dor aqui, dor ali. Os exames de sangue já não têm mais os
mesmos resultados de quando jovem e o médico diz: precisa fazer atividade
física, precisa controlar o açúcar, precisa fazer uma dieta, precisa tomar uma
estatina qualquer da vida, precisa de mais isso e aquilo... e se não fizer, vai
piorar. E aí a pessoa se apavora (ou não, né!) e vai direto para a farmácia com
receita em baixo do braço. Chega em casa cheia de planos desagradáveis, se
obrigando a buscar uma atividade física que nunca fez porque não gosta, se
torturando trocando o açúcar pelo adoçante e se privando de comer um monte de
coisas. E pensa logo: "é a idade, estou ficando velho!". Mas será que avançar
na idade tem que ser sinônimo de sofrimento? Tem que ser mesmo assim?
Como dizia Ganghi, a
multiplicidade de hospitais não é sinal de civilização, é sintoma de
decadência.
A realidade ocidental é que
procuramos os médicos quando já estamos com o problema instalado. O médico te
receita um medicamento que vai ser eficaz naquele momento, mas tempos depois
você volta lá com o mesmo problema por que não combateu sua causa. Não estamos
habituados em nos preocupar em promover saúde com foco na prevenção, mas em
remediar doenças de forma rápida e eficaz. Além de não resolvermos a situação definitivamente, medicação é química e a maioria causa efeitos no nosso
organismo dos mais drásticos e diferentes graus. E assim, com o avanço da
idade, vamos ganhando coleções de caixinhas de remédios dos quais muitas vezes nos
tornamos dependentes para o resto da vida.
Não permitir que as coisas
cheguem a esse ponto é possível e começa com o uso da CONSCIÊNCIA, olhando para
si e o que você tem (e não tem) feito por você mesmo. Falo de consciência
alimentar, consciência corporal, consciência mental e consciência respiratória
(o post anterior fala disso). É fundamental prestar atenção ao que se come e ao
que se bebe; conhecer seu corpo e seus limites; avaliar suas emoções e
pensamentos; respirar corretamente. Já
parou para pensar se você está realmente contribuindo com sua saúde? Tem
preferido alimentos orgânicos, ou come enlatados e comidas congeladas todo dia,
cheias de sódio, conservantes e toxinas? Tem feito atividade física ou fica de
preguiça ou dando desculpa de falta de tempo para se exercitar? Tem cuidado das
emoções e da alma, buscando meditar e se aproximar de suas crenças ou vive
estressado de mau com o mundo? Respira para sobreviver ou para bem viver?
Está certo que na contramão dessa
caminhada em busca de se organizar internamente está o estresse urbano, a carga
excessiva de trabalho, a poluição, crise econômica, pressão do chefe, dos
clientes, da família, do mundo, doenças de causa hereditária... tudo isso são
fatores que nos agridem e são difíceis de evitar. A saúde fica logo
prejudicada: quem nunca teve ou não conhece quem tenha desenvolvido uma
gastrite de origem emocional? O certo é
que aquilo que vem de fora muitas vezes não podemos mudar, mas temos condições
de criar uma fortaleza interna para que essas agressões sejam mínimas ou quase
nulas para a nossa saúde. E é nisto que devemos focar. Com consciência vital,
podemos AGIR e criar um ambiente muito mais forte, adoecendo menos e usando a prevenção como forma de
saúde.
Feliz aquele que vive e se
conscientiza de escolher um melhor chão para sua caminhada!
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