sábado, 30 de agosto de 2014

Consciência Vital

Texto de Patricia Reis


E aí a pessoa está sempre se resfriando, vive com dor aqui, dor ali. Os exames de sangue já não têm mais os mesmos resultados de quando jovem e o médico diz: precisa fazer atividade física, precisa controlar o açúcar, precisa fazer uma dieta, precisa tomar uma estatina qualquer da vida, precisa de mais isso e aquilo... e se não fizer, vai piorar. E aí a pessoa se apavora (ou não, né!) e vai direto para a farmácia com receita em baixo do braço. Chega em casa cheia de planos desagradáveis, se obrigando a buscar uma atividade física que nunca fez porque não gosta, se torturando trocando o açúcar pelo adoçante e se privando de comer um monte de coisas. E pensa logo: "é a idade, estou ficando velho!". Mas será que avançar na idade tem que ser sinônimo de sofrimento? Tem que ser mesmo assim?

Como dizia Ganghi, a multiplicidade de hospitais não é sinal de civilização, é sintoma de decadência.

A realidade ocidental é que procuramos os médicos quando já estamos com o problema instalado. O médico te receita um medicamento que vai ser eficaz naquele momento, mas tempos depois você volta lá com o mesmo problema por que não combateu sua causa. Não estamos habituados em nos preocupar em promover saúde com foco na prevenção, mas em remediar doenças de forma rápida e eficaz. Além de não resolvermos a situação definitivamente, medicação é química e a maioria causa efeitos no nosso organismo dos mais drásticos e diferentes graus. E assim, com o avanço da idade, vamos ganhando coleções de caixinhas de remédios dos quais muitas vezes nos tornamos dependentes para o resto da vida. 

Não permitir que as coisas cheguem a esse ponto é possível e começa com o uso da CONSCIÊNCIA, olhando para si e o que você tem (e não tem) feito por você mesmo. Falo de consciência alimentar, consciência corporal, consciência mental e consciência respiratória (o post anterior fala disso). É fundamental prestar atenção ao que se come e ao que se bebe; conhecer seu corpo e seus limites; avaliar suas emoções e pensamentos; respirar corretamente.  Já parou para pensar se você está realmente contribuindo com sua saúde? Tem preferido alimentos orgânicos, ou come enlatados e comidas congeladas todo dia, cheias de sódio, conservantes e toxinas? Tem feito atividade física ou fica de preguiça ou dando desculpa de falta de tempo para se exercitar? Tem cuidado das emoções e da alma, buscando meditar e se aproximar de suas crenças ou vive estressado de mau com o mundo? Respira para sobreviver ou para bem viver?

Está certo que na contramão dessa caminhada em busca de se organizar internamente está o estresse urbano, a carga excessiva de trabalho, a poluição, crise econômica, pressão do chefe, dos clientes, da família, do mundo, doenças de causa hereditária... tudo isso são fatores que nos agridem e são difíceis de evitar. A saúde fica logo prejudicada: quem nunca teve ou não conhece quem tenha desenvolvido uma gastrite de origem emocional?  O certo é que aquilo que vem de fora muitas vezes não podemos mudar, mas temos condições de criar uma fortaleza interna para que essas agressões sejam mínimas ou quase nulas para a nossa saúde. E é nisto que devemos focar. Com consciência vital, podemos AGIR e criar um ambiente muito mais forte, adoecendo  menos e usando a prevenção como forma de saúde. 

Feliz aquele que vive e se conscientiza de escolher um melhor chão para sua caminhada!

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